" felicidade fosse o AQUI e o AGORA.
Claro que a vida prega peças. É lógico que, por vezes, o pneu fura,
chove demais... Mas, pensa só: tem graça viver sem rir de gargalhar pelo
menos uma vez ao dia?
Tem sentido ficar chateado durante o dia todo por causa de uma discussão na ida protrabalho?
Quero viver bem. 2011 foi um ano cheio.
Foi cheio de coisas boas e realizações, mas também cheio de problemas e desilusões.
Normal! Às vezes se espera demais das pessoas.
Normal! Grana que não veio, o amigo que decepcionou, o amor machucou.
Normal! 2012 não vai ser diferente.
Muda o século, o milênio muda, mas o homem é cheio de imperfeições, a
natureza tem sua personalidade que nem sempre é a que a gente deseja,
mas e aí?
Fazer o quê?
Acabar com seu dia?
Com seu bom humor?
Com sua esperança?
O que eu desejo para todos nós é sabedoria! E que todos saibamos transformar tudo em uma boa experiência!
Que todos consigamos perdoar o desconhecido, o mal educado.
Ele passou na sua vida. Não pode ser responsável por um dia ruim...
Entender o amigo que não merece nossa melhor parte.
Se ele decepcionou, passe-o para a categoria 3, a dos amigos.
Ou mude de classe, transforme-o em colega.
Além do mais, a gente, provavelmente, também já decepcionou alguém.
O nosso desejo não se realizou? Beleza,
não tava na hora, não deveria ser a melhor coisa pra esse momento (me
lembro sempre de um lance que eu adoro: CUIDADO COM SEUS DESEJOS, ELES
PODEM SE TORNAR REALIDADE.
Chorar de dor, de solidão, de tristeza, faz parte do ser humano.
Não adianta lutar contra isso.
Mas se a gente se entende e permite olhar o outro e o mundo com generosidade, as coisas ficam diferentes.
Att, Patrick, Tamiris, Bruno, Lázaro, Cassiano, Leandro e Rodrigo....FELIZ 2012 À TODOS.....
Objetivo é transformar o Curso em Prática Profissional de estágio para alunos das Faculdades e profissionais de Saúde de nossa região no âmbito do Atendimento Pré hospitalar.
O GTR BRASIL, Cursos e Treinamentos , acaba de firmar parceria com o Central de Ambulância, em Vassouras. O projeto “Curso Pronto Socorrismo e Resgate - 92 horas” tem como objetivo capacitar os alunos e prepará-los profissionalmente para o atendimento pré hospitalar móvel.
Os alunos do Serviço de Atendimento Pré hospitalar do Município de Vassouras para receberam aulas sobre o “Atendimento Pré-Hospitalar” e o “Transporte de Pacientes Críticos Adultos e Pediátricos-Neonatais”, assim com atendimentos a traumas e realizaram Plantão de Estágio 12 horas em turnos variados.
A parceria tem como meta gerar especialização em uma área recente de Atendimento Pré Hospitalar
Participaram 23 alunos no curso abrangendo profissionais da Secretaria de Saúde de: Vassouras, Paty do Alferes, Mendes, Pinheiral.
PRONTO-SOCORRISMO
Técnicas de primeiros socorros avançado que todo profissional
responsável por público deve saber para atendimento preliminar até que a
equipe de Resgate assuma numa situação de emergência.
1 - Qual dos ítens abaixo deve ser documentado pelo Profissional Responsável pelos primeiros socorros ?
a) Condições em que a vítima foi encontrada
b) Sinais vitais
c) Instituição que assumiu a responsabilidade pelo atendimento da vítima
d) Todas as respostas acima
2 - O atendimento prestado pelo Profissional Responsável poderá ser complementado por :
a) Enfermeiros habilitados
b) Médicos
c) Técnicos em Emergências Médicas
d) Todas as respostas acima
3 - Ao chegar o Resgate ao local do acidente o Profissional Resposável deve:
a) Deixar a local do acidente imediatamente
b) Colocar-se a disposição da equipe do Resgate
c) Colher testemunho das pessoas presentes
d) Todas as respostas acima.
4 - O Profissional Responsável necessita dominar técnicas que incluem:
a) Abrir vias aéreas, controlar respiração e circulação
b) Conter hemorragias e prevenir estado de choque
c) Imobilizar extremidades
d) Todas as respostas acima
5 - "Transporte rápido" para um hospital adequado é um código que significa :
a) Que os técnicos da equipe de Resgate não tem condições de dar atendimento adequado no local do acidente
b) Que o trânsito na área impede que a vítima possa ser transportada
c) Que a vítima está estável
d) Que a vítima solicitou um determinado hospital que ela quer ser transportada
6 - Os Sistema de Emergências Médicas são avaliados pelo :
a) Ministério da Saúde
b) Ministério dos Transportes
c) Ministério da Educação
d) Concessionária da Rodovia
7 - O profissional que está autorizado a prestar atendimento a vítimas com técnicas de suporte avançado de vida é:
a) Profissional Responsável pelos primeiros socorros
b) Socorrista com treinamento em suporte básico de vida
c) Médico
d) Técnico em Emergências Médicas
8 - O Sistema de Emergências Médicas foi desenvolvido para :
a) Aumentar as chances de sobrevivência de vítimas de traumas e males súbitos
b) Reduzir a necessidade de atendimento pelos hospitais
c) Reduzir o tempo de hospitalização
d) Otimizar o trabalho dos médicos
9 - O regulador médico é responsável por :
a) Auxiliar nas regulações médicas
b) Definir programas de treinamento
c) Fazer orientação a distância
d) Todas as respostas acima
10 - Com a chegada do resgate termina a responsabilidade do Profissional Responsável :
a) Verdadeiro
b) Falso
Teste seus conhecimento e saiba se você está preparado para ajudar em situação de emergência.
1 - Você está sozinho em casa com uma criança de 12 anos e percebe que
uma das narinas da criança está sangrando. O que você faria?
a) Aplicar gelo sobre o nariz
b) Inserir um rolete de gaze dentro da narina
c) Pinçar as narinas da criança com os seus dedos polegar e indicador e
solicitar que ela recline a cabeça para traz, estendendo o pescoço.
Mantenha o nariz da criança pinçado por 5 - 10 minutos
d) Pinçar o nariz da criança com os seus dedos, polegar, indicador e
médio, ao mesmo tempo, pressionar o nariz contra o osso da face. Pedir a
criança que incline a cabeça ligeiramente para frente, flexionando o
pescoço. Manter a pressão por 5 - 10 minutos
2 - Um amigo se queixa de estar com uma queda de pressão. Os sintomas
são clássicos: tonteira, fraqueza, sudorese, pele pálida e fria. A
pessoa relata que esses sintomas são, para ela, de certa forma comuns. O
que você faria?
a) Dar uma pitada de sal ou umas azeitonas salgadas para comer
b) Dar algo para comer, sem que, necessariamente, tenha concentração de sal
c) Solicitar à pessoa sentar e abaixar a cabeça, enquanto você segura
sobre a nuca e pede para ela forçar um pouco a nuca para cima
d) Solicitar que a vítima ingira uma bebida contendo um pouco de álcool e/ou cafeína
3 - Você está num restaurante e uma pessoa leva ambas as mãos ao
pescoço, não consegue falar nem tossir, nem chorar. Está totalmente
engasgada com o alimento. O que você faria?
a) Aplicar até quatro tapas entre as escápulas, na região torácica
b) Dar imediatamente algo para a pessoa beber, para ajudar o alimento descer pelo esôfago
c) Aplicar a manobra de Heimlich para vítimas conscientes
d) Solicitar que a vítima olhe para cima enquanto tenta ingerir miolo de pão.
4 - Você presencia um acidente automobilístico logo diante do seu
veículo. Você pára e alguém que está tentando ajudar solicita que você
chame o Resgate do Bombeiro. Para que número você ligaria?
a) 190
b) 193
c) 199
d) 192
5 - Em caso de uma parada cárdio-respiratória, estando sozinho, você
poderá aplicar a técnica de insuflar e comprimir o tórax da vítima na
proporção de:
a) 30 compressões e 2 sopros
b) 5 compressões e 2 sopros
c) 15 compressões e 1 sopro
d) 5 compressões e 1 sopro
6 - Os médicos, enfermeiros e pessoas que atuam no resgate utilizam um
equipamento para ajudar a insuflar vítimas em parada respiratória
chamado AMBU, que significa:
a) A designação técnica internacional para identificar este equipamento
b) Um apelido que foi dado ao equipamento devido ao som que produz durante as insuflações
c) Amsterdam Breath Unit
d) AMBÚ é a designação apenas brasileira deste equipamento
7 - Na saída de uma cerimônia de casamento, uma pessoa está passando
mal. Você percebe que ela apresenta hálito com odor de vinagre, vinho ou
frutas. Ela está confusa. O que você faria?
a) Dar um suco de laranja ou um pouco de açúcar para ingerir, é uma hipoglicemia
b) Dar um pouco de café para beber, pois indica que excedeu um pouco na bebida alcoólica
c) Dar alimento contendo sal, pois a pressão arterial está baixa
d) Dar algo substancioso para comer pois ela ingeriu somente muitas frutas e saladas.
8 - Uma pessoa fica tonta e diz que vai desmaiar, você ajuda para que
ela não se machuque na queda e percebe que ela vai vomitar. O que você
faria?
a) Deitar a vítima de costas com a cabeça voltada para o lado para facilitar a saída do vômito
b) Deitar a vítima recostada, com os joelhos flexionados, para melhorar o retorno sangüíneo
c) Deitar a vítima sobre o lado esquerdo para diminuir a possibilidade
de vômito e mantendo a cabeça da vítima ligeiramente inclinada para
baixo, para facilitar a drenagem da cavidade oral, caso ocorra o vômito
d) Administrar café ou qualquer bebida contendo cafeína ou álcool para estimular
9 - Uma pessoa está apresentando uma crise convulsiva decorrente de epilepsia. Está com os lábios roxos. O que você faria?
a) Apoiar a cabeça da vítima sem impedir os movimentos produzidos pelas
convulsões. Não tentar inserir nada na boca da vítima para impedir que
ela morda a língua
b) Apoiar a cabeça da vítima sem impedir os movimentos produzidos pelas
convulsões. Tentar inserir na boca da vítima um abaixador de língua ou
algum objeto que não machuque a vítima, mas que ajude a impedir a
mordedura da língua
c) Deixar a vítima convulsionar sem tocar nela para não entrar em contato com a baba que normalmente ocorre com as convulsões
d) Dar amônia para a vítima cheirar e tentar abrir a boca da vítima para ela poder respirar
10 - Para conter uma hemorragia intensa no antebraço (sem fratura). O que você faria?
a) Aplicar um torniquete no antebraço, entre o ferimento e o cotovelo. Soltar o torniquete em intervalos regulares de 15 minutos
b) Aplicar pressão direta sobre o ferimento e comprimir com seus dedos
indicador e médio a artéria braquial e ao mesmo tempo elevar o membro
c) Aplicar um torniquete diretamente sobre a artéria braquial, mantendo firme até chegar ao hospital
d) Aplicar pressão sobre a artéria radial e flexionando o cotovelo.
" Se cada um for invencível, não haverá problemas sem solução. Quando
tivermos este espírito, o nosso potencial aumentará ainda mais e nenhum
objetivo ficará sem ser concretizado. Todos os problemas terão solução,
todos os sofrimentos serão transformados em felicidade. (Daisaku Ikeda).
"
Mediante o Protocolo Abaixo, crie um " Caso prático de trauma" e monte seu protocolo de atendimento:
1- O q aconteceu?
2 - Quanto tempo?
3 - Nº vítimas?
4 - Bioproteção?
5 - Segurança da Cena?
A - alerta
V - Verbalizar com a vítima
D - Estimulo doloroso
I- Vítima Inscosciente
Chamar o socorro
A - abertura das vias aéreas e esta\bilização da coluna cervical
B - Boa respiração , qualidade da respiração (I.R.P.M.)
C
- circulação (Frequencia de Batimentos cardiacos, Foto reação das
pupilas, Enchimento capilar, Coloração da Pele, temperatura, Contenção
de Hemorragias, Pressão arterial., Imobilizações)
D - Deficit Neurológico( Escala de coma de glasglow) resposta motora, ocular , verbal
Corresponde ao acidente ofídico de maior importância epidemiológica no
país, pois é responsável por cerca de 90% dos envenenamentos.
Ações do veneno
Ação Proteolítica
As lesões locais, como edema, bolhas e necrose, atribuídas inicialmente à
“ação proteolítica”, têm patogênese complexa. Possivelmente, decorrem
da atividade de proteases, hialuronidases e fosfolipases, da liberação
de mediadores da resposta inflamatória, da ação das hemorraginas sobre o
endotélio vascular e da ação pró-coagulante do veneno.
Ação coagulante
A maioria dos venenos botrópicos ativa, de modo isolado ou simultâneo, o
fator X e a protrombina. Possui também ação semelhante à trombina,
convertendo o fibrinogênio em fibrina. Essas ações produzem distúrbios
da coagulação, caracterizados por consumo dos seus fatores, geração de
produtos de degradação de fibrina e fibrinogênio, podendo ocasionar
incoagulabilidade sangüínea. Este quadro é semelhante ao da coagulação
intravascular disseminada. Os venenos botrópicos podem também levar a
alterações da função plaquetária bem como plaquetopenia.
Ação hemorrágica
As manifestações hemorrágicas são decorrentes da ação das hemorraginas
que provocam lesões na membrana basal dos capilares, associadas à
plaquetopenia e alterações da coagulação.
Quadro clínico
Manifestações locais
São caracterizadas pela dor e edema endurado no local da picada, de
intensidade variável e, em geral, de instalação precoce e caráter
progressivo. Equimoses e sangramentos no ponto da picada são freqüentes.
Infartamento ganglionar e bolhas podem aparecer na evolução,
acompanhados ou não de necrose. Fase aguda de acidente botrópico: sinais
de picada, edema e equimose cerca de três horas após o acidente.
Manifestações sistêmicas
Além de sangramentos em ferimentos cutâneos preexistentes, podem ser
observadas hemorragias à distância como gengivorragias, epistaxes,
hematêmese e hematúria. Em gestantes, há risco de hemorragia uterina.
Podem ocorrer náuseas, vômitos, sudorese, hipotensão arterial e, mais
raramente, choque. Com base nas manifestações clínicas e visando
orientar a terapêutica a ser empregada, os acidentes botrópicos são
classificados em:
a) Leve: forma mais comum do envenenamento, caracterizada por dor e
edema local pouco intenso ou ausente, manifestações hemorrágicas
discretas ou ausentes, com ou sem alteração do Tempo de Coagulação. Os
acidentes causados por filhotes de Bothrops (< 40 cm de comprimento)
podem apresentar como único elemento de diagnóstico alteração do tempo
de coagulação. b) Moderado: caracterizado por dor e edema evidente que ultrapassa o segmento anatômico picado, acompanhados ou não de alterações hemorrágicas locais ou sistêmicas como gengivorragia, epistaxe e hermatúria. c)
Grave: caracterizado por edema local endurado intenso e extenso,
podendo atingir todo o membro picado, geralmente acompanhado de dor
intensa e, eventualmente com presença de bolhas. Em decorrência do
edema, podem aparecer sinais de isquemia local devido à compressão dos
feixes vásculo-nervosos.
Manifestações sistêmicas como hipotensão arterial, choque,
oligoanúria ou hemorragias intensas definem o caso como grave,
independentemente do quadro local.
Tratamento específico
Consiste na administração, o mais precocemente possível, do soro
antibotrópico (SAB) por via intravenosa e, na falta deste, das
associações antibotrópico-crotálica (SABC) ou antibotrópicolaquética
(SABL). Se o TC permanecer alterado 24 horas após a soroterapia, está
indicada dose adicional de duas ampolas de antiveneno.
Tratamento geral Medidas gerais devem ser tomadas como: a) Manter elevado e estendido o segmento picado; b) Emprego de analgésicos para alívio da dor; c) Hidratação: manter o paciente hidratado, com diurese entre 30 a 40 ml/hora no adulto, e 1 a 2 ml/kg/hora na criança; d)
Antibioticoterapia: o uso de antibióticos deverá ser indicado quando
houver evidência de infecção. As bactérias isoladas de material
proveniente de lesões são principalmente Morganella morganii,
Escherichia coli, Providentia sp e Streptococo do grupo D, geralmente
sensíveis ao cloranfenicol. Dependendo da evolução clínica, poderá ser
indicada a associação de clindamicina com aminoglicosídeo.
Tratamento das complicações locais
Firmado o diagnóstico de síndrome de compartimento, a fasciotomia
não deve ser retardada, desde que as condições de hemostasia do
paciente o permitam. Se necessário, indicar transfusão de sangue, plasma
fresco congelado ou crioprecipitado. O debridamento de áreas necrosadas
delimitadas e a drenagem de abscessos devem ser efetuados. A
necessidade de cirurgia reparadora deve ser considerada nas perdas
extensas de tecidos e todos os esforços devem ser feitos no sentido de
se preservar o segmento acometido.
02 . Acidente Crotálico
Introdução
É responsável por cerca de 7,7% dos acidentes ofídicos registrados no
Brasil, podendo representar até 30% dos acidentes em algumas regiões.
Apresenta o maior coeficiente de letalidade devido à freqüência com que
evolui para insuficiência renal aguda (IRA).
Observação: As informações que se seguem referem-se aos estudos
realizados com as cascavéis das subespécies Crotalus durissus
terrificus, C. d. collilineatus e C. d. cascavella e as observações
clínicas dos acidentes ocasionados por estas serpentes nas regiões Sul,
Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste. Os dados sobre acidentes com cascavéis
da região Norte são ainda pouco conhecidos.
Ações do veneno
São três as ações principais do veneno crotálico neurotóxica, miotóxica e coagulante.
Ação neurotóxica
Produzida principalmente pela fração crotoxina, uma neurotoxina de ação
pré-sináptica que atua nas terminações nervosas inibindo a liberação de
acetilcolina. Esta inibição é o principal fator responsável pelo
bloqueio neuromuscular do qual decorrem as paralisias motoras
apresentadas pelos pacientes.
Ação miotóxica
Produz lesões de fibras musculares esqueléticas (rabdomiólise) com
liberação de enzimas e mioglobina para o soro e que são posteriormente
excretadas pela urina. Não está identificada a fração do veneno que
produz esse efeito miotóxico sistêmico. Há referências experimentais da
ação miotóxica local da crotoxina e da crotamina. A mioglobina, e o
veneno como possuindo atividade hemolítica “in vivo”. Estudos mais
recentes não demonstram a ocorrência de hemólise nos acidentes humanos.
Ação coagulante
Decorre de atividade do tipo trombina que converte o fibrinogênio
diretamente em fibrina. O consumo do fibrinogênio pode levar à
incoagulabilidade sangüínea. Geralmente não há redução do número de
plaquetas. As manifestações hemorrágicas, quando presentes, são
discretas.
Quadro clínico
Manifestações locais
São pouco importantes, diferindo dos acidentes botrópico e laquético.
Não há dor, ou esta pode ser de pequena intensidade. Há parestesia
local ou regional, que pode persistir por tempo variável, podendo ser
acompanhada de edema discreto ou eritema no ponto da picada.
Manifestações sistêmicas
a) Gerais: mal-estar, prostração, sudorese, náuseas, vômitos,
sonolência ou inquietação e secura da boca podem aparecer precocemente e
estar relacionadas a estímulos de origem diversas, nos quais devem
atuar o medo e a tensão emocional desencadeados pelo acidente. b)
Neurológicas: decorrem da ação neurotóxica do veneno, surgem nas
primeiras horas após a picada, e caracterizam o fácies miastênica
(fácies neurotóxica de Rosenfeld) evidenciadas por ptose palpebral uni
ou bilateral, flacidez da musculatura da face (fig. 23), alteração do
diâmetro pupilar, incapacidade de movimentação do globo ocular
(oftalmoplegia), podendo existir dificuldade de acomodação (visão turva)
e/ou visão dupla (diplopia). Como manifestações menos freqüentes,
pode-se encontrar paralisia velopalatina, com dificuldade à deglutição,
diminuição do reflexo do vômito, alterações do paladar e olfato.
c)Musculares: a ação miotóxica provoca dores musculares generalizadas
(mialgias) que podem aparecer precocemente. A fibra muscular
esquelética lesada libera quantidades variáveis de mioglobina que é
excretada pela urina (mioglobinúria), conferindo-lhe uma cor avermelhada
ou de tonalidade mais escura, até o marrom. A mioglobinúria constitui a
manifestação clínica mais evidente da necrose da musculatura
esquelética (rabdomiólise).
d) Distúrbios da Coagulação: pode haver incoagulabilidade sangüínea
ou aumento do Tempo de Coagulação(TC), em aproximadamente 40% dos
pacientes, observando-se raramente sangramentos restritos às
gengivas(gengivorragia).
Tratamento
Específico O soro anticrotálico (SAC) deve ser administrado
intravenosamente, segundo as especificações incluídas no capítulo
Soroterapia. A dose varia de acordo com a gravidade do caso, devendo-se
ressaltar que a quantidade a ser ministrada à criança é a mesma do
adulto. Poderá ser utilizado o soro antibotrópico-crotálico (SABC).
Geral
A hidratação adequada é de fundamental importância na prevenção da
IRA e será satisfatória se o paciente mantiver o fluxo urinário de 1 ml a
2 ml/kg/hora na criança e 30 a 40 ml/hora no adulto. A diurese osmótica
pode ser induzida com o emprego de solução de manitol a 20% (5 ml/kg na
criança e 100 ml no adulto). Caso persista a oligúria, indica-se o uso
de diuréticos de alça tipo furosemida por via intravenosa (1 mg/kg/dose
na criança e 40mg/dose no adulto). O pH urinário deve ser mantido acima
de 6,5 pois a urina ácida potencia a precipitação intratubular de
mioglobina. Assim, a alcalinação da urina deve ser feita pela
administração parenteral de bicarbonato de sódio, monitorizada por
controle gasométrico.
03.Acidente Laquético
Introdução
Existem poucos casos relatados na literatura. Por se tratar de serpentes
encontradas em áreas florestais, onde a densidade populacional é baixa e
o sistema de notificação não é tão eficiente, as informações
disponíveis sobre esses acidentes são escassas. Estudos preliminares
realizados com imunodiagnóstico (ELISA) sugerem que os acidentes por
Lachesis são raros, mesmo na região Amazônica.
Ações do veneno
Ação proteolítica
Os mecanismos que produzem lesão tecidual provavelmente são os mesmos do
veneno botrópico, uma vez que a atividade proteolítica pode ser
comprovada in vitro pela presença de proteases.
Ação coagulante
Foi obtida a caracterização parcial de uma fração do veneno com atividade tipo trombina.
Ação hemorrágica
Trabalhos experimentais demonstraram intensa atividade hemorrágica do
veneno de Lachesis muta muta, relacionada à presença de hemorraginas.
Ação neurotóxica
É descrita uma ação do tipo estimulação vagal, porém ainda não foi
caracterizada a fração específica responsável por essa atividade.
Quadro clínico
Manifestações locais
São semelhantes às descritas no acidente botrópico, predominando a
dor e edema, que podem progredir para todo o membro. Podem surgir
vesículas e bolhas de conteúdo seroso ou sero-hemorrágico nas primeiras
horas após o acidente. As manifestações hemorrágicas limitam-se ao local
da picada na maioria dos casos.
Manifestações sistêmicas
São relatados hipotensão arterial, tonturas, escurecimento da visão,
bradicardia, cólicas abdominais e diarréia (síndrome vagal). Os
acidentes laquéticos são classificados como moderados e graves. Por
serem serpentes de grande porte, considera-se que a quantidade de veneno
por elas injetada é potencialmente muito grande. A gravidade é avaliada
segundo os sinais locais e pela intensidade das manifestações
sistêmicas.
Tratamento específico
O soro antilaquético (SAL), ou antibotrópico-laquético (SABL) deve
ser utilizado por via intravenosa (quadro III). Nos casos de acidente
laquético comprovado e na falta dos soros específicos, o tratamento deve
ser realizado com soro antibotrópico, apesar deste não neutralizar de
maneira eficaz a ação coagulante do veneno laquético.
Tratamento geral
Devem ser tomadas as mesmas medidas indicadas para o acidente botrópico.
04. Acidente Elapídico
Introdução
Corresponde a 0,4% dos acidentes por serpentes peçonhentas registrados
no Brasil. Pode evoluir para insuficiência respiratória aguda, causa de
óbito neste tipo de envenenamento.
Ações do veneno
Os constituintes tóxicos do veneno são denominados neurotoxinas (NTXs) e atuam da seguinte forma:
2.1. NTX de ação pós-sináptica
Existem em todos os venenos elapídicos até agora estudados. Em razão do
seu baixo peso molecular podem ser rapidamente absorvidas para a
circulçaão sistêmica, difundidas para os tecidos, explicando a
precocidade dos sintomas de envenenamento. As NTXs competem com a
acetilcolina (Ach) pelos receptores colinérgicos da junção
neuromuscular, atuando de modo semelhante ao curare. Nos envenenamentos
onde predomina essa ação (M. frontalis), o uso de substâncias
anticolinesterásticas (edrofônio e neostigmina) pode prolongar a vida
média do neurotransmissor (Ach), levando a uma rápida melhora da
sintomatologia.
2.2. NTX de ação pré-sináptica
Estão presentes em algumas corais (M. coralliunus) e também em alguns
viperídeos, como a cascavel sulamericana. Atuam na junção neuromuscular,
bloqueando a liberação de Ach pelos impulsos nervosos, impedindo a
deflagração do potencial de ação. Esse mecanismo não é antagonizado
pelas substâncias anticolinesterásicas.
Quadro clínico
Os sintomas podem surgir precocemente, em menos de uma hora após a
picada. Recomenda-se a observação clínica do acidentado por 24 horas,
pois há relatos de aparecimento tardio dos sintomas e sinais.
Manifestações locais
Há discreta dor local, geralmente acompanhada de parestesia com tendência a progressão proximal.
Manifestações sistêmicas
Inicialmente, o paciente pode apresentar
vômitos. Posteriormente, pode surgir um quadro de fraqueza muscular
progressiva, ocorrendo ptose palpebral, oftalmoplegia e a presença de
fácies miastênica ou “neurotóxica”. Associadas
a estas manifestações, podem surgir dificuldades para manutenção da
posição ereta, mialgia localizada ou generalizada e dificuldade para
deglutir em virtude da paralisia do véu palatino. A paralisia flácida da
musculatura respiratória compromete a ventilação, podendo haver
evolução para insuficiência respiratória aguda e apnéia.
Tratamento específico
O soro antielapídico (SAE) deve ser administrado na dose de 10
ampolas, pela via intravenosa, segundo as especificações incluídas no
Capítulo Soroterapia. Todos os casos de acidente por coral com
manifestações clínicas devem ser considerados como potencialmente
graves.
Tratamento geral
Nos casos com manifestações clínicas de insuficiência respiratória, é
fundamental manter o paciente adequadamente ventilado, seja por máscara
e AMBU, intubação traqueal e AMBU ou até mesmo por ventilação mecânica.
Estudos clínicos controlados e comunicações de casos isolados atestam a
eficácia do uso de anticolinesterásicos (neostigmina) em acidentes
elapídicos humanos. A principal vantagem desse procedimento, desde que
realizado corretamente, é permitir uma rápida reversão da sintomatogia
respiratória enquanto o paciente é transferido para centros médicos que
disponham de recursos de assistência ventilatória mecânica. Os dados
disponíveis justificam esta indicação nos acidentes com veneno de ação
exclusivamente pós-sináptica (M. frontalis, M. lemniscatus). No entanto,
este esquema pode ser utilizado quando houver envenenamento intenso por
corais de espécies não identificadas.
Tratamento medicamentoso da insuficiência respiratória aguda
Neostigmina
Pode ser utilizado como teste na verificação de resposta aos anticolinesterásicos e como terapêutica. a)
Teste da Neostigmina: aplicar 0,05 mg/kg em crianças ou uma ampola no
adulto, por via IV. A resposta é rápida, com melhora evidente do quadro
neurotóxico nos primeiros 10 minutos. b) Terapêutica de Manutenção:
se houver melhora dos fenômenos neuroparalíticos com o teste acima
referido, a neostigmina pode ser utilizada na dose de manutenção de 0,05
a 0,1 mg/kg, IV, a cada quatro horas ou em intervalos menores,
precedida da administração de atropina.
Atropina
É um antagonista competitivo dos efeitos
muscarínicos da Ach, principalmente a bradicardia e a hipersecreção.
Deve ser administrada sempre antes da neostigmina, nas doses
recomendadas.
Referências bibliográficas
Epidemiologia/Geral
Fundação Nacional de Saúde. Cartilha de ofidismo (Cobral). 4ª ed. Brasília; 1996.
Acidente BotrópicoBarral-Netto M, Schiriefer A, Barral A et al. Serum levels of bothropic venom in patients
without antivenom intervention. Am J Trop Med Hyg 1991; 45(6):751-4.
Acidente CrotálicoAmaral CFS, Resende NA, Pedrosa TMG et al. Afibrinogenemia secundária a acidente ofídico
crotálico (Crotalus durissus terrificus). Rev Inst Med trop São Paulo 1988; 30: 288.
Acidente Laquético
Vital Brazil O. Coral snake venoms: mode of action and pathophysiology of experimental envenomation. Rev Inst Med trop São Paulo 1987; 29(3):119-26.
" Caso 01 - Rosani, senhora aproximadamente 25 anos, moradora de Paty
do Alferes, fora passear na plantação de tomate, quando observou que seu
anel caíra no chão, quando estava abaixada sentirá ser picada por uma
cobra". A peçonha da Jararaca
provoca hemorragias sobre o endotélio vascular e plaquetopenia.
Manifestações
locais como edema, dor, equimoses e infartamento ganglionar, entre outros. Refere-se
a que tipo de acidente?
( ) A – Botrópico;
( ) B – Crotálico;
( ) C – Laquético;
( ) D – Elapídico;
( ) E – Araneísmo.
Começa a surgir várias dúvidas na cabeça de daniela responda seus questionamentos, boa sorte
02. Como prevenir acidentes com
aranhas e escorpiões?
03.Que tipos de serpentes
peçonhentas existem no Brasil e que podem causar acidentes?
04. Existe alguma época do ano
em que os acidentes por animais peçonhentos ocorrem com maior freqüência?
05. Quais são os sintomas de uma
pessoa picada por serpente?
06.Quais os sintomas de uma
pessoa picada por escorpião?
07. Quais são as medidas que
devo tomar após ser mordida por um animal peçonhento cite 03?
08. O que acontece se uma mulher
grávida for picada? O soro pode ser aplicado?
09. Em quanto tempo é possível
socorrer uma vítima picada por animal peçonhento?
10. Existe algum soro que possa
ser utilizado em qualquer acidente por animal peçonhento?
Vinte e três alunos entre agentes de saúde, motoristas e enfermeiros dos municípios de Vassouras, Mendes, Pinheiral, Paty do Alferes, participam desde o dia 26/11 no auditório da Cidadania, sede da Prefeitura Municipal de Vassouras, do Curso de Pronto Socorrismo e Resgate, parceria da Secretaria de Saúde de Vassouras com o Grupo de Treinamento e Resgate(GTR) de Volta Redonda.
O curso tem carga horária de 100 horas e será ministrado até o dia 06 de janeiro. Coordenador do GTR, Rodrigo Amorim é o profissional responsável pelo curso.
Referencia: Jornal tribuna do Interior 09/12/2011
email: tribuna do interior@gmail.com
Quarta feira dia 07/12/2011 Um grupo de Professores do GTR BRASIL realizam a primeira visita técnica na Central de ambulancia para conhecer as dependencias na finalidade da realização dos Estágios de atendimento pré hospitalar no Município de Vassouras.
1)As diretrizes para uma RCP de alta qualidade enfatizam que a freqüência
mínima da compressão, sem suporte ventilatória é:
a)60/min
b)80/min c)100/min d)120/min
2) Em relação às técnicas
de extricação e transporte de pacientes, assinale a afirmativa INCORRETA:
a) no caso
de confinamento, deve-se tentar retirar as vítimas das ferragens ou escombros
que as envolvem, e não o contrário.
b) qualquer
manipulação da cabeça e pescoço deve ser feita “em bloco”, mantendo o pescoço
alinhado à cabeça e ao corpo.
c) arrancar a vítima
precipitadamente pode agravar ou gerar lesões graves irreversíveis.
d) as técnicas de
transporte com mais de 3 socorristas são as que mais se aproximam do ideal, uma
vez que permitem a proteção da coluna vertebral da vítima.
3) Situação: Pessoa foi atropelada por veículo de porte grande (ônibus),
tendo sido projetado há cerca de 6 metros do local do impacto inicial. O
veículo evadiu-se. O local está em segurança.
A vítima esta em decúbito ventral, inconsciente. Apresenta
respiração ruidosa e nítidas deformidades nos membros inferiores e no antebraço
esquerdo, o que fazer inicialmente:
a)Instalar colar cervical de tamanho apropriado antes de qualquer outra
manipulação. b)Utilizar o KED
associado à prancha longa para extricação. c)Estabilizar a cabeça e realizar
rolamento de 180 graus posicionando a vítima na prancha longa. d) Realizar avaliação secundária a procura de outras
fraturas menores.
4) O uso do ambú,
numa situação de parada cárdio-respiratória, se justifica porque:
a) remove secreções da boca b) promove
ventilação efetiva c) impede a queda da língua d) monitora sinais vitais
5) São componentes da técnica de reanimação
cardiopulmonar (RCP). EXCETO:
a)avaliação do nível de consciência b)abertura de vias aéreas c)avaliação dos níveis séricos de potássio d)compressões torácicas
6) Na tentativa de reverter a apnéia (Ausência de respiração) em uma
vitima, utilizaremos como ajuda na respiração artificial, o equipamento
denominado:
a) Desfibrilador portátil b) Endoscópio c) Ambu d) EPI
7) O chefe da guarnição da Ambulância, ao chegar em uma colisão percebe que existe uma vitima viva e presa
nas ferragens do veiculo, para socorrer esta vitima e tirá-la das ferragens ele
primeiramente fará?
a) Extricação b) Encarceramento c) Desencarceramento d) Arrastamento pela roupa
8) A manobra desenvolvida para retirar, sem
equipamento, rapidamente a vitima de um acidente automobilístico, não
encarcerada, e movimentando o mínimo possível a sua coluna. Indicada quando existe risco iminente de
vida para a vitima é chamada de:
a)Chave de Heimlich b)Chave de Valsalva c)Chave de Ritgen d)Chave de Rauteck
9) Quais dos 3 equipamentos são utilizados no
transporte e remoção de uma vítima?
a)Colar Cervical, Prancha longa , KED b)Colar Cervical, AMBU, Prancha longa c)KED, AMBU, luvas d)Prancha longa, mascara, óculo
10) A Utilização do EPI será obrigatória:
a)Em todos os casos em que possa haver contato com
fluidos orgânicos do paciente b)Na limpeza da viatura c)Na lavagem de materiais utilizados para atender os
pacientes d)Todas as alternativas acima estão
corretas
11) A respeito da Biossegurança marque a alternativa
verdadeira:
a)A segurança individual do emergencista
vem sempre em primeiro lugar b)Nos casos de necessidade é justificado descuidar-se
da biossegurança c)O colar cervical é um equipamento de proteção
individual d)As luvas não são consideradas equipamentos de
proteção individual
12) Qual a definição de EXTRICAÇÃO?
a) Conjunto de manobras que tem como
objetivo retirar o individuo de um local de onde ele não pode ou não deve sair
por seus próprios meios b) Conjunto
de manobras cujo objetivo é retirar as
ferragens e os escombros de cima da
vítima c) É quando a
vitima se encontra presa através de obstáculos físicos que podem ocorrer em
situações de colisões ou desabamentos d) É a
escolha da técnica utilizada no transporte das vítimas variando com a situação,
com o risco no local , número de socorristas e estabilidade do paciente
13) Quais
são os 2 tipos de técnicas utilizadas na Extricação?
a)
Padrão e Rápida b) Padrão e
Composta c) Rápida e
Dinâmica d) Composta e
Rápida
14. A ação mais importante e mais
simples de se executar para a prevenção e controle das infecções hospitalares
é:
a. O esquema de vacinação
b. A lavagem
das mãos
c. A limpeza das viaturas
d. Desinfecção dos uniformes
15. A localização exata da massagem
cardíaca é exatamente em cima do osso denominado?
5 - Manobra de
desobstrução de vias aéreas por corpo estranho, que é tudo ou qualquer
objeto que se encontre nas vias aéreas podendo afetar a respiração
parcial ou totalmente. Corresponde: